Tuesday, July 19, 2016

Dallas: ato de guerra contra o imperialismo - A Nova Democracia


Frente aos recentes episódios do genocídio imperialista contra as massas pobres e negras, resultado da agudização da luta de classes no USA, organizações do campo popular e democrático se pronunciaram em todo o mundo. Publicamos trechos das declarações do Partido Comunista maoísta da Itália (PCm Itália) e da Associação de Nova Democracia Nuevo Peru (Hamburgo, Alemanha) acerca do importantíssimo tema.
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Micah Johnson

USA: ódio, rebelião, mas agora um avanço

Publicado no órgão Proletari Comunisti (PCm Itália)
Micah Johnson é realmente um herói simbólico do povo, um produto de indignação e ódio que, através da sua própria vida, como um soldado das tropas imperialistas norte-americanas no Afeganistão, percebe que está dentro da sociedade norte-americana a única guerra justa que devemos combater, contra um sistema que arroga-se ser a maior democracia do mundo, portador de bens e igualdade de oportunidades, contra um presidente afro-americano que tem a mesma postura dos porcos que matam no ritmo de assassinos em série, com impunidade, combinando violência de classe e racismo.
 E esta é a América que se revela, e que a ação de Micah mostra que os tempos de impunidade desta América podem ser interrompidos, tempos esses em que uma força policial se mostra forte contra os fracos, enquanto está ligada de mil maneiras ao crime organizado, à grande delinquência, aos detentores dos poderes econômico, político e financeiro.
A ação simbólica de Micah finalmente quebrou um padrão e disse para as massas, que mil vezes se rebelaram contra os crimes da polícia, que outro caminho é possível, um caminho que já escreveu páginas exemplares de glória, luta e organização com a brilhante história do Partido dos Panteras Negras.
Assim que um homem das massas pega em armas, os pomposos, arrogantes assassinos de farda mostram toda a sua miserável covardia e usam pela primeira vez uma bomba-robô porque, como eles mesmos dizem, estavam com medo de que Micah poderia matá-los.
Agora, toda a burguesia mundial, não só a norte-americana, grita por vingança e glorifica os porcos assassinos, escondendo o medo de que nas comunidades afro-americanas existam “estilhaços violentos, micro formações de guerrilha urbana, capazes de planejar emboscadas militares, manejando armas”. Agora, os porcos fardados gritam, provando ser um Estado dentro do Estado. Vejamos a declaração de David Brawn, chefe da polícia de Dallas: “Chegou o momento de acabar com esta divisão entre a nossa polícia e nossos cidadãos”. Isso é, na verdade, apenas o reconhecimento de que sua polícia é algo que se opõe às massas.
Micah simbolicamente agiu como um soldado que adquiriu as técnicas de combate nas guerras injustas do imperialismo e pôs estas a serviço da guerra justa e necessária na América.
Obama, com suas declarações, mostra que a cor da pele ou a origem afro-americana não importam, mas a que classe representa e aos interesses de que classe servem. Da mesma forma que o problema não é a grande quantidade de armas existentes, mas o fascismo, o racismo, a supremacia imperialista que armam as mãos de seus líderes, fardados ou civis.
Obama e Trump são duas faces da mesma moeda — Hillary Clinton é apenas uma figura monótona — suas palavras são as mesmas em essência: a exaltação da força “garante a segurança de todos os cidadãos”; “Temos de restaurar a lei e a ordem”, etc.
Honra e glória para os porcos assassinos, uma vez que caiam ao chão e, para os negros pobres assassinados, no máximo condolências.
Mas os tempos estão mudando e o símbolo Micah é o futuro. O resto é o podre e velho mundo do imperialismo, capaz apenas de crimes e horrores, que pretende continuar a dominar, como se o dia do seu acerto de contas nunca fosse chegar.

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Ativistas queimam bandeira do USA com cartazes de jovens assassinados

USA: massas se levantam contra o genocídio imperialista

Declaração publicada dia 8 de julho, em vnd-peru.blogspot.com.br.
Em concreto: a notícia do dia mostra como está se desenvolvendo violentamente a situação revolucionária na própria metrópole da superpotência hegemônica única, o imperialismo ianque, como o assassinato covarde e indiscriminado contra as massas mais pobres, o povo se rebela.
Para tanto, o que o desenvolvimento desigual da situação revolucionária demanda, o que as massas demandam, é que o proletariado dirija a rebelião. Para que o proletariado dirija, este necessita reconstituir seu Partido Comunista em meio da luta de classes e da luta de morte contra o oportunismo e o revisionismo. Revisionistas que, quando as massas se rebelam, se entrincheiram para cuidar de suas livrarias ante o temor da rebelião das massas.
Ao imperialismo ianque, mais que aos outros imperialistas, sua própria condição hegemônica o afunda mais. Por sua própria natureza imperialista e para manter sua hegemonia, especificamente em seu caso, está obrigado a travar várias guerras ao mesmo tempo, ademais de estar presente militarmente em todos os continentes do mundo, e (agregamos) tem que levar ao mesmo tempo uma guerra genocida interna contra o proletariado e os povos dos Estados Unidos.
Como vai ser não ter nenhuma resposta os crimes diários que a repressão estatal comete contra as massas comandados por este genocida Obama, quem cinicamente os qualifica como “tragédias”?
E como já falamos antes: os fazem [os imperialistas] com plena impunidade, contra eles não há nem leis, nem juízes, nem tribunais nacionais ou internacionais que valham. Por isso nós reafirmamos: só o povo com guerra popular fará justiça!
E com a rebelião das massas, incitada pela repressão sanguinária do imperialismo, a guerra imperialista necessariamente tem que regressar a casa. E já está lá.
Mas, o que é principal: o movimento contra a guerra imperialista irá em crescente e somado a maior exploração da classe e a miséria crescente das massas no próprio país, tudo isto incitará de todas as maneiras à agudização da luta de classes nos Estados Unidos, como também está sucedendo em todos os países imperialistas, isto é, causando uma maior agudização da segunda contradição, a contradição burguesia-proletariado. Aqui está a mostra, ainda que seja o começo.

A rebelião se justifica!

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