Wednesday, August 23, 2017

Afghanistan - USA envia mais tropas AND

O USA está enviando mais tropas para o Afeganistão, confirmou o general Joseph Votel, comandante das tropas ianques no Oriente Médio, no dia 22/08. Os efetivos devem chegar “em alguns dias ou semanas”, afirmou J. Votel.
Embora o número exato oficial não tenha sido revelado, o monopólio da imprensa Fox News afirmou que o arquirreacionário Donald Trump autorizou o envio de mais 4 mil soldados.
Um dia antes da declaração do general ianque J. Votel, Trump pronunciou-se sobre as novas movimentações do USA na guerra contra o Afeganistão.
"Não diremos mais quando iremos atacar, simplesmente atacaremos", afirmou Trump na ocasião. Ele disse também que a nova estratégia do USA será não revelar planos ou ataques previamente.
RESISTÊNCIA RESPONDE
"Se o USA não retirar suas tropas, o Afeganistão se tornará em breve um cemitério para esta superpotência do século XXI", afirmou em comunicado o porta-voz do Talibã no Afeganistão, Zabiullah Mujahid, no dia 22/08, após pronunciamento de Trump.
"Simplesmente estão desperdiçando soldados ianques. Sabemos como defender o nosso país", ressaltou o comandante.
O porta-voz afirmou também que "enquanto houver um soldado do USA em nossa terra impondo-nos a guerra", a Resistência seguirá respondendo com a guerra de resistência.
Ele também reiterou a inutilidade do incremento da guerra pelo USA e exigiu a retirada das tropas ianques.
O Talibã é a principal força da Resistência nacional afegã, composta por todos os grupos e classes que resistem à ocupação ianque.
IANQUES SE AFUNDAM EM DERROTAS
Segundo apontam analistas do New York Times (porta-voz do monopólio da imprensa ianque), depois de 16 anos de guerra – a maior da história dos Estados Unidos – a Resistência não está apenas longe de ser derrotada, mas está ganhando terreno. Avaliam que os combatentes evoluíram: são mais tenazes e mais experientes do que no início da invasão, em 2001.
Agora é o momento [para a Resistência] renunciar à violência e reconciliar. Um Afeganistão pacífico e estável é a vitória para o povo afegão e o objetivo da coalizão [Otan]", sugeriu o general ianque John W. Nicholson, após o pronunciamento de Trump. Nicholson afirmou acreditar que a Resistência "não pode vencer a guerra".
No entanto, segundo o major-general do Exército títere afegão, Abdul Jabar Qahraman, a Resistência controla já 60% do território e vem ampliando seu domínio.
Segundo analistas, a Resistência é capaz de criar barreiras e emboscadas em quase qualquer parte do país e ditando o ritmo dos combates. Embora a Resistência evacue das capitais provinciais durante as ofensivas militares, quando retomadas as forças pró-USA ficam absolutamente cercadas e são obrigadas a se retirar.
O Talibã também afirmou que não há chances para conversas de paz que não seja para assinar a rendição e retirada ianque.
O último líder talibã que defendia conversações de paz, o mulá Akhtar Muhammad Mansour, foi morto em um bombardeio por drones ianques no ano passado, tal como noticiado em AND nº 170.
Os planos ianques, que há tempos atrás previam a aniquilação completa da Resistência, hoje se resumem a impedir o desmoronamento do "governo" títere.
"Um impasse que leve a um equilíbrio é importante para o governo [afegão]", afirmou o general ianque Nicholson em pronunciamento no Congresso, em fevereiro.
O Afeganistão também está corroído politicamente por uma crise moral e institucional.
As eleições, questão chave para o imperialismo estabilizar o país, não conseguem angariar confiança e nem mesmo realizar-se. As últimas realizadas para eleger o Executivo, em 2014, foram regadas com corrupção, compra de votos e fraudes à luz do dia.
Você não pode ganhar essa guerra matando-os. Sempre haverá mais”, afirmou o general afegão aposentado, Abdul Jabbar Qahraman.
Nós não vamos nos render. Não vamos desistir. Lutamos nesta guerra por 16 anos", afirmou Hajji Naqibullah, comandante do Talibã na província de Candaar.

 Resistência aniquila 2 soldados ianques


Dois militares do USA foram aniquilados durante uma emboscada empreendida pela Resistência nacional a um comboio da OTAN, em 2/08. A ação ocorreu no distrito de Daman, província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
Os combatentes utilizaram um veículo com explosivos para chocar-se ao comboio. Pelo menos dois veículos de guerra ianques foram completamente destruídos.
"Dois membros dos serviços do USA foram mortos em ação em Kandahar, no Afeganistão, quando seu comboio foi atacado", confessou o porta-voz do Pentágono e capitão da Marinha ianque, Jeff Davis, em comunicado.
A OTAN e as Forças Armadas afegãs não informaram o número total de baixas.
O porta-voz do grupo Talibã, Qari Yousuf Ahmadi, reivindicou a autoria da ação.
A Resistência nacional destacou que o ataque ocorreu perto de uma base fortificada dos serviços de inteligência afegãos.
No final do mês de julho (31) a Resistência nacional realizara já outra importante ação armada. O alvo fora a embaixada do velho Estado iraquiano e aniquilara dois soldados do Exército afegão.
A ação teria sido uma resposta à guerra impulsionada pelo Exército iraquiano contra as massas em Mosul, sob a direção absoluta do Pentágono, a serviço dos interesses do invasor ianque.
ianques SE AFUNDAm EM DERROTAS
A estratégia ianque de passar a responsabilidade das operações em terreno às tropas afegãs para "domestificar" e mascarar sua guerra de agressão afunda no fracasso a cada ação das massas que conformam a Resistência nacional.
Para sustentar sua ocupação imperialista no país, especialistas ianques apontam que o USA terá que incorporar soldados próprios. Os próprios apontam que a Resistência nacional está vencendo a guerra.
"Oito anos de uma estratégia nos custou riquezas no Afeganistão. Nossas tropas merecem mais", declarou o arquirreacionário John McCain, presidente republicano do Comitê das Forças Armadas no Senado ianque. No mês passado, John McCain declara: “Nós não temos estratégia e estamos perdendo”.
O arquirreacionário Donald Trump recebeu em maio o pedido do general ianque John Nocholso para incorporar 4 mil ou mais soldados a ocupação no Afeganistão. Atualmente há 13,5 mil soldados ianques e da OTAN na ocupação do Afeganistão.
O general ianque afirmou em junho que a guerra contra a Resistência nacional está “em paralisação”, e que para “mudar a maré da guerra” é necessário incrementar a agressão com milhares de soldados e novas tropas no Afeganistão.
“O principal problema que enfrentamos é que, da forma como as coisas estão, a guerra não é vencível”, declarou Jack Keane, um general retirado do exército.
O Talibã já controla metade do território do Afeganistão e cerca outras doze capitais provinciais.
Principais vitórias da resistência*
Janeiro/2017 - No dia 10, ataque destrói prédio do "parlamento" afegão. O objetivo era aniquilar agentes da Diretoria Nacional de Segurança (serviço de inteligência e repressão dirigida pelos ianques), em Cabul.
No mesmo dia, em Candaar, 12 reacionários aniquilados por ataque a bomba na residência oficial do "governador". Diplomatas e o "vice-governador" de Candaar entre os mortos.
Março - No dia 8, operação cirúrgica em hospital militar arrasa 50 soldados a serviço da ocupação ianque, em Cabul. O hospital fica em frente à embaixada do USA.
Abril - No dia 20, assalto e infiltração em base militar aniquila 140 e fere 60 soldados do Exército afegão, na província de Balkh. A épica ação realizou-se apenas com 11 combatentes da Resistência nacional. Foi a maior baixa militar em um único ataque desde o início da ocupação, em 2001.
Dez dias depois, uma operação do USA no leste do Afeganistão termina com dois militares ianques aniquilados e um ferido.
Maio - No dia 3, ação com carro-bomba embosca comboio e fere 3 soldados ianques em Cabul.
No dia 21, Resistência nacional lança dezenas de ataques surpresas contra postos policiais no sul do país. Ao menos 25 soldados do Exército afegão aniquilados.
O gerente da província de Zabol admite que "a situação é crítica" e que a polícia local não recebe munição.
Um dia depois, assalto realizado em acampamento militar de Shawali Kowt aniquila 10 e fere 9 militares afegãos, na província de Kandahar.
No dia 31, caminhão-bomba explodiu entre as embaixadas do USA, Turquia, Alemanha e palácio presidencial, em Cabul. Onze empreiteiros ianques ficaram feridos.
Junho - No dia 11, ataque a tiro de um combatente infiltrado aniquilou 3 soldados ianques e feriu um, na província de Nangarhar.
Dois dias depois, o chefe do Pentágono, Jim Mattis, afirmou que o USA "não está vencendo" a guerra de agressão contra a nação afegã.
No dia 17, ao menos 7 soldados ianques são feridos em ataque à base militar de Shahin. O Talibã saudou em comunicado "o soldado patriota que realizou o ataque".
Um dia depois, ataque a posto policial que comanda operações de quatro províncias aniquila 5 e fere 9 policiais em Gardaz, província de Paktia.
No dia 22, o Talibã reivindicou ataque com carro-bomba e afirmou ter aniquilado 73 militares e policiais em Lashkar Gah, província de Helmand.


Combatentes da Resistência nacional afegã. Foto ilustrativa.


No comments:

Post a Comment